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Existem diferenças a serem obedecidas entre árbitros de futebol e equipes da Primeira Divisão? – Raul Moreau

22 de fevereiro de 2015


Texto originalmente publicado no Portal Mix em novembro de 2014
 
Nos primeiros dias do próximo ano, serão completadas as três décadas que marcam o dia em que o Brasil foi impedido de sediar a Copa do Mundo de 1986, pelo simples fato de que os estádios existentes no país, à época, não atendiam à qualificação exigida, tanto no que refere aos gramados - nos quais se apresentariam os jogadores – até os lugares que seriam ocupados pelos torcedores, nos mais de 60 jogos a serem disputados.
A organização do evento exigia, no mínimo, oito estádios com todos os itens necessários, capazes de proporcionar segurança, acessibilidade e conforto, só para citar os principais detalhes.
Vinte e oito anos depois, o Brasil realizou aquela que acabou de ser considerada – por maioria de jogadores e integrantes da FIFA – como a Copa do Mundo de Futebol que melhor atendeu a atletas e torcedores, na grande maioria dos itens e situações referentes.
A exigência Superlativa - digamos assim – foi a qualidade apresentada pelos doze estádios situados nas localidades – sedes entre Brasília e Fortaleza, Manaus e Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre, Recife e Cuiabá, São Paulo e Salvador, Curitiba e Natal.
Respeitados todos os detalhes, o Campeonato Brasileiro - que começou pouco depois do término da Copa, seguiu por base o exemplo do que foi apresentado durante a competição maior. Até aí, tudo certo.
Com o andamento dos jogos, começaram a ser demonstradas diferenças de tratamento considerando-se, inclusive, os Clubes que disputam o Brasileirão 2014.
É possível que seja apenas uma coincidência, mas a grande verdade é que, ao liderar o Clube dos 13, durante muitos anos, o atual Presidente do Grêmio Fábio Koff, liderou um processo digno de ser seguido em qualquer esporte do país. No Clube dos 13, Koff constituiu-se numa espécie de comandante capaz de buscar as melhores circunstâncias para os integrantes da Entidade, na qual demonstrou capacidade e conquistou um amplo conceito de gestão.
Teria esse trabalho gerado ciúmes na atual direção do Futebol brasileiro?
No jogo contra o Corinthians, no último domingo, o mesmo juiz que arbitrou diversos jogos do Grêmio nesse campeonato, bem no início da partida, dirigiu-se a dois jogadores gremistas com uma intensidade desproporcional, atitude à qual os jogadores não manifestaram a mínima reação.
Um pouco mais adiante, o jogador do Corinthians – que fez o gol – teve a atenção chamada pelo juiz no mesmo grau de violência. O Corinthiano não aceitou e, ao contrário da reação gremista, retribuiu de forma acintosa, mas sem que a esta coubesse qualquer resposta do árbitro, tudo amplamente registrado pela transmissão da TV.
Quem achar que este comentário é uma simples atitude de torcedor, está enganado.
O fato de o Grêmio ter sido afastado da disputa da Copa do Brasil, por haver, em seu estádio, ter sido cometida uma ação racista, ainda que o Grêmio tenha apontado os protagonistas - como preconiza a Lei – não levou os julgadores a qualquer atitude compreensiva.
Não é preciso mais trazer exemplos ocorridos com o Grêmio. Há outros, muito piores e facilmente perdoados, tais como inscrição errada, "talvez sem querer", de jogador em partida a qual não poderia estar presente. Em poucas horas chegou-se ao perdão de perdas de pontos, sem qualquer punição. Para que nome do jogador e do time, se todo o Brasil já sabe e ficou estarrecido pela bandalheira?
O Futebol, senhores, vale por sua importância como esporte da maioria dos brasileiros. Se persistirem os perdões sem razão e o lixo das atitudes jogadas debaixo do tapete, é bem possível que o Brasil seja suplantado por países mais sérios e zeladores da igualdade entre todos.

Academia Rio-grandense de Letras

PATRONOS

CADEIRA 35

Roque Callage

Roque Oliveira Callage nasceu em Santa Maria, Rio Grande do Sul em 15 de março de 1888, filho de Luís Callage e Maria Oliveira Callage. Estudou apenas o primário cm sua cidade natal. Foi de 1902 a 1907 caixeiro da cooperativa da VFGRS de Santa Maria. Foi, ainda, professor particular em Santa Maria no ano de 1907.

No jornalismo, redigiu O Combatente, O Estado e fundou e diri-giu as revistas O Boêmio, em 1911, e O Estudante, em Santa Maria, lim São Gabriel foi funcionário da Intendência Municipal, diretor do Diário da Tarde de...

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