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Falecimento do Acadêmico Emérito Cel. Altino Berthier Brasil (1924-2022)

12 de setembro de 2022

A Academia Rio-Grandense de Letras lamenta profundamente informar o falecimento do Acadêmico Emérito, Cel Altino Berthier Brasil, ocorrido em 12/09/2022, aos 98 anos.
O velório foi realizado no dia 13/09, na Sala Histórica do Crematório Metropolitano, das 08 às 12 horas.
O Cel Berthier nasceu em 1924, em Palmas, no Paraná, onde seu avô Verediano Berthier viera em 1920 para dirigir a Colônia Indígena de Mangueirinha.
Vocacionado para a carreira militar desde jovem, estudou na Escola Preparatória de Porto Alegre, onde se formou em 1945.
Suas trajetórias militar e civil, a partir de então, fez com se transformasse em um dos maiores estudiosos, conhecedores e divulgadores da Amazônia.
O Cel Berthier foi Professor de Francês da Escola Preparatória de Cadetes (EsPPA), do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) e do Colégio Militar de Manaus (CMM), do qual foi fundador, caracterizando-se pelo total domínio da língua, pelo carisma, pela fina educação com que tratava a todos e pela grande cultura que possuía.
Sempre presente nas atividades do CMPA, as muitas turmas de alunos das quais foi professor nos anos 50, 60 e 70 sempre faziam questão de convidá-lo quando se reuniam no Colégio para comemorar um aniversário de formatura.
A síntese do seu currículo expressa bem o grande homem que foi o Cel Altino Berthier Brasil:
- Coronel da Reserva do Exército, arma de Infantaria, pertencente ao Quadro do Magistério Militar.
- Secretário-Adjunto da Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República - 1990. 
- Subsecretário de Estado do Amazonas, em duas pastas.
- Membro de Comissão nomeada pela Universidade Federal do Amazonas para estudo das línguas indígenas da Amazônia Brasileira.
- Membro do grupo de estudos do "Projeto Rio Negro", destinado a reduzir o déficit energético de Manaus, através de processo não convencional (diferença térmica entre as águas dos rios Negro e Solimões); 
- Administrador de Empresa. 
- Colaborador da EMBRAPA Monitoramento por Satélite, de Campinas-SP. 
- Membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas. 
- Membro Honorário do Instituto Histórico e Geográfico do RS. 
- Membro Emérito da Academia Rio-Grandense de Letras. 
- Membro da União Brasileira de Escritores - UBE/RS e AM. 
- Medalha da Ordem do Rio Branco, do Itarmaraty (grau de Comendador). 
- Medalhas Marechal Trompowski e de relevantes serviços ao Exército Brasileiro. 
- Medalha do Centenário e Diploma de Amigo do Colégio Militar de Porto Alegre.
- Diploma de Honra ao Mérito do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, por sua dedicação ao desenvolvimento científico da área Pan-Amazônica.
- Titulo de MARUPIARA, (que na dignidade indígena corresponde ao de cidadão da Amazônia), outorgado pela colônia amazônida de São Paulo. 
- Desceu os rios Napo-Solimões e Amazonas, partindo de Quito (Equador), reconstituindo a façanha de Francisco de Orellana da descoberta do Rio-Mar, que acontecera em 12 de fevereiro de 1542. 
- Reconstituiu a viagem de Pedro Teixeira, realizada em 1637, subindo o Amazonas, desde Cametá/PA, até a capela de N.S. de Guápulo, nas proximidades de Quito. 
- Fundador e ex-Presidente da SAMBRAS/RS - Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira, congregando no RS, ex-rondonistas e estudiosos da problemática amazônica. 
- Consultor da Unicamp sobre temas amazônicos.
- Foi o maior divulgador da Amazônia, no Rio Grande do Sul, nos últimos 40 anos.
- Mais de 10 anos de experiência na Amazônia Brasileira, com viagens de estudos aos países limítrofes. 
- Conferencista e colaborador de vários órgãos de comunicação, tanto no Brasil, como no exterior. 
- Oito livros publicados sobre assuntos amazônicos.
 

Academia Rio-grandense de Letras

PATRONOS

CADEIRA 24

Zeferino Brasil

Antônio de Souza Zeferino Brasil nasceu em Porto Grande, município de Taquari, Rio Grande do Sul, em 24 de abril de 1870, sendo filho de João Antônio de Sousa e Tausta Carolina de Sousa. Estudou no Colégio Rio-Grandense em Porto Alegre no ano de 1883 e cursou a Escola Normal de Porto Alegre pela qual se diplomou professor em 1889.

Funcionário público estadual desde 1889, tendo servido na Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sal até aposentar-se. Foi ainda professor de Retórica e Poética. Jornalista, pertenceu à redação do...

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