TEXTOSENSAIOS

Centenário da morte de Caldre e Fião (1976) - Dante de Laytano

04 de agosto de 2016


José Antônio do Vale Caldre e Fião, o autor do primeiro romance gauchesco e figura que exerceu notável influência no seu tempo não só como médico dos mais brilhantes, mas deputado combativo, presidente da mais famosa instituição cultural que existiu na nossa terra que é o Partenon Literário, jornalista orador, abolicionista e amado pelo seu espírito humanitário, do qual deixou provas fabulusas de uma atividade sem par, nasceu em Porto Alegre (22-8-1813) e faleceu em São Leopoldo (20-3-1876). Comemora-se agora o centenário de sua morte.
 
Primeiro romance gauchesco
 
“A Divina Pastora” é o primeiro romance gauchesco e apareceu em 1847, em dois volumês, publicado no Rio de Janeiro. Guilhermino César, quem melhor o estudou na sua prestimoas “História Literária do Rio Grande do Sul”, não conseguiu localizar este livro do Doutor Vale, muito citado. Pesquisou no Gabinente Português de Leitura e na Biblioteca Nacional, centros magnifícios de depósito de livros no Rio de Janeiro, mas não encontrou “A Divina Pastora”.
Também foram infrutíferos os esforços deste abnegado mineiro, já agor agaúcho, em por as mãos neste livro na Biblioteca Pública de Porto Alegre ou na Biblioteca da cidade do Rio Grande, que é uma espécie de pronto socorro para aflições e angústias deste tipo. Nada achou e ninguém sabia de coisa alguma. Nem com os bibliófilos, sempre no encalço, farejando tudo e indo à cata de preciosidade, foi possível.
Onde andará este livro do Doutor Vale? Publicado em folhetim nos jornais do Rio? Mas os dois volumes de “A Divina Pastora”? Olyntho Sanmartin, que foi entre nós o mais autêntico e interessante colecionador de livros, não o tinha. A biblioteca de Olyntho, uma das melhores que existiram nesta cidade, estava repleta não só de primeiras edições de autores gaúchos, mas de raridades de fato apreciadas, além de autógrafos, cartas e manuscritos de originais.
Lembro-me de que Olyntho guardava coma carinho sem par manuscritos inteiros de livros de Érico Veríssimo. Olyntho, entretanto, era dono de uma obra do Doutor Vale que também marcou época. “O Cosário” – romance rio-grandense – Tipografia Filantrópica, rua da Assembleia, 30 – 1851, Rio de Janeiro.
Li este romance, estive com ele muitas vezes e consultei e estudei seu conteúdo. Sim, é obra do ciclo do romantismo. Mas não estamos em plena conscientização de um mundo romântico? “O Cosário” é um quadro da Revolução Farroupilha (1835-1845), ou melhor, a Revolução serve de motivação, pois encarna a temática de maior cuidado e estima da gente rio-grandense. Aparecem no “O Corsário” não só Bento Gonçalves e Garibaldi, Gomes Jardim e Lavalleja, Tramandaí e Viamão, e o litoral mais pedaços do Rio Grande.
 
Político
 
Precisa ser examinada atentamente a atividade política do Doutor Vale, que foi deputado à Assembleia Provincial em várias Legislaturas em Porto Alegre e também exerceu o mandato de deputado, como suplente, à Assembleia Geral do Império, no Rio de Janeiro. Foi um dos Chefes do Partido Liberal.
O Partido Liberal aparece nos registro políticos em dois ramos: o Partido Liberal-Progressista e o Partido Liberal-Histórico, afinal uma dissidência pura e simples. No Partido do Doutor Vale salientam-se as personalidades de um Felipe Nery, um Lopes Teixeira ou Conde de Porto Alegre. Múcio Teixeira entra nos pormenores políticos no seu livro – “Os Gaúchos – O Meio Físico – O Momento Hitórico – A Vida Pampeana – O Partenon Literário m- O Cancioneiro Popular e Síntese Biográfica dos Rio Grandeses Ilustres” – “Tomo II – Edição da Livraria Leite Ribeiro – Rua Betencourt da Silva, 15, 17 e 18 (Antiga Santo Antônio, Rio de Janeiro, 1921”.
Múcio Teixeira ainda coloca entre parênteses o seu outro nome, pseudônimo, com o qual veio para a prática do ocultismo e outras artimanhas deste tipo, aliás muito variadas: - Barão do Ergote – Entretanto, “Os Gaúchos” é uma fonte, apesar dos pesares. O autor fala mais dele do que das pessoas que deseja tratar.
A dissidência dos liberais, os liberais-históricos tinham Luís da Silva Flores (Doutor Flores), o general Osório e Félix da Cunha. Enquanto os Conservadores apareciam com Pinheiro Machado, Félix da Cunha, Bitencourt ou Carlos Von Koseritz, que se passou depois para os liberais.
Uma das lutas principais concentrou-se na Campanha da Abolição. Razão, esta da abolição, pela qual o Doutor Vale teve de sair do Rio de Janeiro, perseguido pela Polícia Política. Na capital do Império concluira o curso de Medicina em 1845. Reuniam-se Caldre e Fião e mais sonhadores e idealistas, numa curiosa Chácara da Floresta. Companheiros do Doutor Vale: França e Leite e Cândido Batista.
Cândido Batista, porto-alegrense como o Doutor Vale, terminou ministro do Brasil na Rússia, exerceu mais outras altas funções no governo de D. Pedro II e foi senador do Império. As reuniões na Floresta eram para conspirar sobre a abolição.
Ainda no Rio de Janeiro, o Doutor Vale abraçou com entusiasmo inúmeras situações de propagandista da abolição. Seu papel importante consta com precisão num jornal que fez barulho, “O Filantropo, órgão da sociedade contra o tráfico africano e promotora da colonização e civilização indígena”.
O Doutor Vale continua surgindo sempre na luta contra a escravidão. Era a época de Castro Alves e Joaquim Nabuco, Luís Gama e André Rebouças, ou José do Patrocínio, que em períodos diferentes ou não, uniram-se pela mesma causa. Terminava a Guerra do Paraguai e o Doutor Vale aproveitou-se do momento e desencadeou no Rio Grande uma extraordinária ação fulminante pela abolição.
Desponta a Lei de 28 de setembro de 1871. O Doutor Vale empreendeu uma luta santa. Morava ele na rua Paisandu, então Travessa Paisandu, hoje rua Caldas Júnior, numa casa modesta, de acordo com seus legítimos costumes de simplicade. Mas “sua esposa, Dona Maria Isabel, fizera de um pequeno sítio que possuía em S. Leopoldo, a sua habitual vivenda, asilando aí as crianças libertas pela Lei de 28 de setembro (Ventre Livre), e abandonadas pelos senhores de escravos que exploravam as mães escravas”, como conta Aquiles Porto Alegre na biografia resumida que fez do Doutor Vale, no seu utilíssimo livro – “Homens Ilustres do Rio Grande do Sul – Tipografia do Centro, 1916, Porto Alegtre”, cujo exemplar existia em minha casa, então perto do autor, e que meu pai que o admirava muito – fora ele meu professor de português – comprara do próprio Aquiles que se tornou famoso por vender seus livros de porta em porta na nossa cidade.
 
Obra
 
A obra publicada do Doutor Vale é importante. Além de sua passagem pelos jornais, pelas tribunas políticas e literárias da segunda metade do século passado, legou-nos numerosos títulos que se somam ao “Corsário” e à Divina Pastora”.
No Dicionário Bibliográfico Português – Estudos de Inocêncio da Silva aplicáveis a Portugal e ao Brasil – Tomo Quarto, Lisboa. Na Imprensa Nacional MDCCCLX, acolheu verbete referente ao Doutor Vale e diz que a “novela rio-grandense – A Divina Pastora – é do Rio de Janeiro, Tipografia Brasiliense, de F. M. Pereira, 1847, 8º. 2 tomos com 188 e 200 páginas”. Que fim levou esta Pastora asssim Divina?
No Dicionário Bibliográfico Brasileiro pelo Doutor Augusto Vitorino Alves Sacramento Blake – natural da Bahia – quarto volume – Rio de Janeiro – Imprensa Oficial – Páginas 312, 313 e 314 – vem toda a obra do Doutor Vale.
1 – Elementos de Farmácia Homeopática para uso da escola homeopática do Rio de Janeiro, 1846, 56 páginas in 4º com estampas.
2 – Considerações sobre os três pontos dados pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro: 1º quais as condições para que a água seja potável? Meios de reconhecer o ferro nas águas ferruginosas; qual o estado em que ele se acha; 2º versão e evolução espontânea; 3º Heterogenia; tese apresentada e sustentada em 1º de janeiro de 1851. Rio de Janeiro, 1851, in 4º.
3 – Curso de poesia brasileira, Rio de Janeiro, 1847, in 8º.
4 – A órfã ou a herdade em leilão, vaudeville em dois atos. Rio de Janeiro, 1849 – Fpoi apresentada quatro vezes no Salão da Floresta,
5 – Elogio ao faustíssimo batizado do Príncipe Imperial D. Pedro, augustíssimo herdeiro do sólio do Brasil; oferecido ao sr. D. Pedro II, Rio de Janeiro, 1848, 16 páginas in 8º. Foi apresentado no mesmo teatro pela cantora Delmaestro.
6 – Coronel Manoel dos Santos, drama trágico em quatro atos e sete quadros. Rio de Janeiro, 1847, in 8º.
7 – A Divina pastora, novela rio-grandense. Rio de Janeiro, 1847; 2 volumes, 188 e 200 páginas, in 8º.
8 – O Corsário, romance original brasileiro, Rio de Janeiro, 1851, in 8º. Foi também publicado no Americano, periódico dirigido por D. Tomaz Guido.
9 – O Jardim da noiva, poesias, Rio de Janeiro, 1848, in 8º.
10 – Imerisa, As graças da Natureza, poesias, Rio de Janeiro, 1848, in 8º.
11 – A substituição dos braços escravos pelos livres – no Auxiliador da Indústria Nacional, começando no nº 7, de dezembro de 1849, p. 233 252.
12 – Memória sobre a conveniência de adatar-se no Brasil o projeto de um estabelecimento agrícola que foi formulado pela Sociedade de Ginásio Basileiros, e algumas outras importantes medidas, etc. Na mesma Revista, começando no nº 5, de outubro de 1850, p. 171 e 180.
13 – O Filantropo, peródico humanitário, cientisfico e literário. Rio de Janeiro, 1849 a 1852, in folheto. – Foi publicado por Caldre e Finão do nº 1, de 6 de abril de 1849 até 23 de maio de 1851, passando daí em diante sob a redação de Souza Oliveira; do nº 76 em diante foi acrescentado ao título esta declaração: órgão da Sociedade Contra o Tráfico de Africanos e Promotora dea Colonização e Civilização dos indígenas. Acerca de tais assuntos e abolição da escravatura aí publicou seu primeiro redator muitos artigos e também muitas poesias sob vários títulos como as duas últimas acima: Imerisa – as graças da natureza; Os sepulcros, pelo autor oferidas ao Doutor João Cândido de Deus e Silva.
14 – O Conciliador, folha política de ideias liberais. Porto Alegre, 1862. Colaborou eficazmente na Revista do Partenon Literário, onde foi publicada uma notícia de sua vida com seu retrato.
15 – Ramalhete Poético, de excelentes versos, recitados na Bahia por ocasião de aí se achar a representar o insígne artista brasileiro João Caetano dos Santos. Um literato nosso me afirma ser de sua pena a Enciclopédia de Conhecimentos Úteis, Rio de Janeiro, 1849.
 
Cholera-morbus
 
Porto Alegre, em 1866, foi invadida violentamente pela “cholera-morbus” que transformou a cidade num enorme e sinistro campo de mortos. O Doutor Vale revelou-se, então, o médico abnegado, perfeito e generoso. Ele exerceu sua profissão com o máximo de abnegação e espírito de solidariedade completa.  Era um homem de vida ascética, sistema frugal, de existir um comportamento quase sacerdotal.
“Não tinha horas marcadas para o repasto. Só vinha à casa quando a sua clínica o permitia. Tomava apenas uma refeição diária, um jantar pobre; uma posta de peixe comprada na venda, com um pedaço de pão ou duas rodelas de salame, rebatidas por uma laranja chupada – na própria mesa em que escrevia os seus cintilantes artigos”, diz um de seus biógrafos. E não exigia honorários, atendia a todo o mundo e mantinha seu espírito humanitário sem afetação.
Afastado do Rio Grande do Sul por mais de trinta anos, quando voltou à Porto Alegre já vinha com um nome e formado em medicina. Não tinhamos ainda escola médica. A Faculdade de Medicina nossa fundou-se a 25 de julho de 1898 e originou-se da fusão da Escola Livre de Farmácia e do Curso de Partos, respectivamente instalados em 1896 e 1897. Protásio Alves, o seu diretor. Já sua tese representa uma tomada de atitude no nascimento da cultura urbana enfretando os problemas de saúde pública. Outro sentido de sua carreira médica se configura pela admiração, adoção e também o exercício da homeopatia em torno da qual até escreveu um tratado de três centenas de páginas sobre a farmácia homeopática e isto em 1846.
A “cholera morbus” destacou neste médico uma posição apostólica. “à noite, na embocadura das ruas e praças, enormes fogueiras, alimentadas pelo alcatrão davam ao povoado (Porto Alegre) uma aparência sinistra, como se um medonho incêncio lavrasse, ao mesmo tempo, em diversos pontos. E ainda para mais vivamente impressionar o espírito já abatido da população, ouvia-se de quando em quando, o ranger da grilheta dos encarcerados que cruzavam as ruas, conduzindo em padiolas as vítimas da peste... E à luz apavorante das labaredas das fogueiras, que ardiam nas ruas, desertas e silenciosas, via-se passar, apressado e ao lado de um ou outro, o Doutor Cladre e Fião, para ir socorrer os atacados pela epidemia, sobre cujas cabeças ele espalmava as asas de seu carinho e de sua caridade infinita”, narra um historiador da vida de Porto Alegre.
Mas a literatura não é incompatível com a medicina. A medicina teria roubado muito do literato no Doutor Vale? Um médico brasileiro que foi literato famoso, Afrânio Peixoto, celebrizou-se nas duas coisas, na ciência e nas artes. Como tantos outros na literatura brasileira. E na prata de casa, por exemplo, um Mário Totta, jornalistae médico. E validamente nas duas posições.
 
Partenon Literário
 
O Doutor Vale presidiu a Sociedade Partenon Literário, que foi para ele a tribuna de expor seu pensamento. Na Revista da casa escreveu e divulgou sua inteligência e suas ideias. A palavra dita, escrita em prosa e versos, o Doutor Vale a manipulou com talento, pois grande orador foi ainda um escritor que dominou sua geração. “O Partenon Literário simboliza, ao mesmo tempo a fase de mais intenso labor espritual do Rio Grande do Sul e a mais bela e numerosa conjugação de esforços literários de que há memória, entre nós, senão em todo o Sul do Brasil, do Rio de Janeiro para baixo”, como afirma João Pinto da Silva em sua pioneira História Literária do Rio Grande do Sul, que a Globo editou em 1924.
O Partenon Literário nasceu em 18 de junho de 1868 na cidade de Porto Alegre, publicou uma respeitada Revista é o documento mais importante do século XIX, em matéria de literatura (1869) e montou cursos noturnos com aulas muito frequentadas. Transformou-se rapidamente numa instituição política e não só contemplativa. Organizou-se como sociedade abolicionista, criou fundos para a libertação das crianças de ventre livre de negras escravas, tinha uma biblioteca muito boa, suas sessões se celebrizaram no Rio Grande do Sul e o arrabalde do Partenon é obra do Partenon Literário para respaldo financeiro de campanhas literárias e mais do que isto da campanha abolicionista. O teatro foi usado pelo Partenon Literário como força e expressão de propaganda abolicionista numa ruidosa campanha antiescravagista.
Guilermino César pesquisou 118 nomes de sócios do Partenon Literário, o que não deixa de ser assombroso e nobre, para uma época tão pacata de um Rio Grande simples e uma Porto Alegre pequenina. Apolinário Porto Alegre, Lobo da Costa, Carlos von Koseritz, Bernardo Taveira, Damasceno Vieira, Bernardino dos Santos, Aurélio de Bitencourt, Menezes Paredes, J. T. Sousa Lobo, Hilário Ribeiro, Eudoro Berlinck, Arthur Candal, Bibiano de Almeida, Fernando Osório, Graciano Azambuja, Artur Rocha, Argemiro Galvão, João Moreira da Silva, Júlio de Castilhos, Joaquim Francisco de Assis Brasil, Carlos Thompson Flores, Homero Batista e Conde de Porto Alegre.
Não posso aumentar a lista, que é uma pena. Mas cada nome aqui mencionado é uma contribuição importante e digna na história de nossa Província. Ou a presença da igreja no Partenon com religiosos eminentes. E, claro, a mulher, aí figurando Luciana de Abreu, Luiza de Azambuja, Amália dos Passos Figueroa e Revocata dos Passos Figueroa de Melo.
O Parternon Literário é um lúcido pedaço da vida do Rio Grande do Sul. O Doutor José Antônio do Vale Caldre e Fião foi presidente do Partenon e, portanto o líder deste grupo verdadeiramente espantoso e genial. Dos vários centenários de 1976, não esquecer este, pois o Doutor Vale, médico poeta, político, orador, jornalista, romancista e abolicionista. E, em tudo que participou, ele é a inteligência do próprio Rio Grande do Sul.
 
NOTA– Este artigo do Doutor Dante de Laytano, Centenário da Morte de Caldre Fião, foi publicado no jornal Correio do Povo, em 21 de março de 1976. Por ser um erudito, Dante de Laytano aborda o tema com riqueza de informações sobre Caldre Fião, Partenon Literário e intelectuais do século XIX, informações raras e difíceis de serem encontradas. A publicação no site da Academia Rio-Grandense de Letras é também uma justa homenagem ao grande mestre Dante de Laytano, pesquisador, historiador e cronista. Foi presidente de nossa Academia no período de 1980 a 1989. (Professor Doutor Moacyr Flores – Cadeira nº 2, patrono Carlos von Koseritz)

Academia Rio-grandense de Letras

PATRONOS

CADEIRA 39

Francisco Ricardo

(por Francisco Pereira Rodrigues)

Retrospecto histórico:

Em 1º de dezembro de 1901, é fundada a Academia Rio-Grandense de Letras. Em 10 de abril de 1910, é criada a Academia de Letras do Rio Grande do Sul por egressos da Academia Rio-Grandense de Letras.

Em 20 de outubro de 1932, é fundado o Instituto Rio-Grandense de Letras. Entre os seus componentes figura Dario de Bitencourt, que, apaixonado pela literatura de Francisco Ricardo, resolve homenageá-lo como Patrono de sua Cadeira.

Em 1934, João Maia...

continue lendoCONTINUE LENDOcontinue lendo