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A "Revoada de Turistas" cresce no mundo, batendo recordes - Raul Moreau

22 de fevereiro de 2015


Texto originalmente publicado no Portal Mix em novembro de 2014
 
Quando se usa o sagrado espaço da página de um jornal importante, com milhares de pessoas habituadas à sua leitura frequente, não se pode esquecer – entre tantos outros cuidados - de não maltratar o idioma português, um dos orgulhos que o Brasil assumiu e respeita.
O parágrafo acima nasceu depois de uma dúvida que de repente criei, ao escrever o título da crônica de hoje.
Ocorre que o termo Revoada na grande maioria dos dicionários aos quais tenho acesso, invariavelmente é tratado como “bando de aves que voltam ao sítio de onde partiram”, e até uma concessão ao novo: “fig: agitar-se, nascer, ideias revoavam-lhe na mente...”
Graças ao desenvolvimento das ciências, do conhecimento e das técnicas e segurança da locomoção, cada vez mais cedo as pessoas buscam ampliar o que conheciam do seu próprio país e de sua realidade, até para ver no que podem contribuir para uma melhora, normalmente necessária.
É verdade que também aumenta a curiosidade para ver de perto as grandes atrações que o mundo oferece, e é aí, então, que elas iniciam o que chamo de Revoada, o uso de aviões cada vez mais modernos e seguros, mérito, em boa parte, da persistência e do conhecimento de Alberto Santos Dumont, inventor brasileiro, Pai da Aviação.
Não há como abordar esse assunto sem fazer-se referência ao dia-a-dia da Economia Brasileira e sua luta para figurar entre os maiores do planeta, em tudo o que possa ser medido, calculado, acompanhado e, finalmente, qualificado.
Nessa outra Revoada, incluo a importância da continuação das boas ideias que um Governo cria - e às vezes inicia a construção - e o próximo Governo deixa de lado, quase em uma declaração de “o que passou, passou”.
Os exemplos são muitos. O caso mais típico do Brasil, a esse respeito, é o abandono ao qual as estradas de ferro e as hidrovias (!) foram entregues e o consequente carimbo de “ultrapassadas" que nossa economia nelas colocou, sem considerar que o mundo inteiro trata esses dois modais como vias de obrigatório transporte das cargas mais pesadas, o que transforma as duas modalidades - hidrovia e ferrovia - na grande garantia da redução de acidentes de trânsito, pela recomendação de seu uso em locais afastados e mais específicos.
Um país 7 vezes menor que o RS – a Holanda, ou Países Baixos - tem o maior porto do mundo em movimento e geração de divisas e, com ele, até o ano passado (dado oficial) a cidade de Roterdam manteve o volume de mercadorias e o somatório de fretes por ali transportados, superior a todos os portos brasileiros.
O recente passo do Governo Brasileiro, ao anunciar Licitações para a construção de Estradas de Ferro foi uma boa iniciativa, capaz de despertar quem estava, há muito tempo, considerando as Vias Ferroviárias superadas.
Como permanecer entre os 6 maiores na Economia do Mundo, se não estamos entre os 15 maiores no que diz respeito a aerovias, ferrovias e hidrovias? Mas figuramos entre os primeiros em acidentes e mortes no trânsito?
No gauchão, vai se levando.
Mas na Copa do Mundo, os 7 gols da Alemanha falaram mais alto!
 

Academia Rio-grandense de Letras

PATRONOS

CADEIRA 37

Felipe de Oliveira

Felipe Daudt d'Oliveira nasceu em Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 23 de agosto de 1890, filho de Felipe Alves d'Oliveira e Adelaida Daudt d'Oliveira. Cursou o ensino primário em Santa Maria e o secundário na Escola Brasileira em Porto Alegre. Frequentou a Faculdade de Medicina de Porto Alegre, onde concluiu o curso de Química.

Foi redator de O Combatente de Santa Maria em 1908, de O País do Rio de Janeiro, a partir de 1922, e, depois, da Gazeta de Notíciase da Revista Fon-Fon. Desenvolveu no Rio de Janeiro a atividade...

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