ACADÊMICOSQUADRO ACADÊMICO
Juvenal Octaviano Miller
(por Sérgio Augusto Pereira de Borja)
O Engenheiro Major Juvenal Octaviano Miller, patrono da Cadeira n° 22 da Academia Rio-Grandense de Letras, foi Deputado Estadual, Deputado Federal e Vice-Presidente do Estado do Rio Grande do Sul. Nascido em 13/10/1866 na cidade de Rio Grande em 1881 inscreveu-se como voluntário no 17° Batalhão. Em 1882 foi admitido no curso de Engenharia Militar estudando na Escola Militar do Rio Grande do Sul. Lutando pela República fundou o Jornal A DENUNCIA sendo que fazendo propaganda da Abolição e da República, em virtude de ter escrito carta em solidariedade a Joaquim Nabuco, foi suspenso do curso. Com a proclamação da República re-encetou o curso logrando aprovação no ano de 1889. Milhou no partido republicano e lutou na Revolução de 1893 do lado legalista, na arma de engenharia, defendendo a Barra de Rio Grande durante a revolta da esquadra.
Em 10 de agosto de 1896, juntamente com João Simplício Alves de Carvalho, João Vespúcio de Abreu e Silva, Lino Carneiro da Fontoura e Gregório de Paiva Meira, cinco engenheiros militares e professores da Escola Militar de Porto Alegre, fundaram a Escola de Engenharia do Rio Grande do Sul. Por sugestão do líder republicano Júlio de Castilhos, um engenheiro civil foi integrado ao grupo, tornando-se o primeiro diretor da Instituição: Álvaro Nunes Pereira.
Foi indicado como Intendente da cidade de Rio Grande e em 16 de julho de 1906, assinou o ato n° 462, criando o Ginásio Municipal Lemos Júnior que foi o primeiro ginásio público do Rio Grande do Sul. Em 1o de março de 1907, em prédio alugado sito à rua Benjamim Constant, esquina Yatahy, hoje Dr. Nascimento, inaugura a obra.
Em 20 de setembro de 1909, em virtude de seu falecimento, embora tenha sido um dos mentores intelectuais, não pode presidir a solenidade de transferência dos restos mortais de Bento Gonçalves da Silva para o monumento esculpido pelo escultor português Teixeira Lopes. Os restos mortais do herói farroupilha foram depositados no memorial confeccionado pelo mestre de estatuána, residente na Vila Nova de Gaia, em Portugal, que se transferiu para a cidade de Rio Grande a fim de executar a obra de cantaria para a base do monumento.
Além de grande propagandista e propagador do positivismo foi escritor e também se destacou como jornalista, legando extensa obra, entre as quais Professos uma novela romanceada que foi a primeira novela positivista do Brasil; Viagem ao Mato Grosso; o IV centenário do Brasil, sendo homenageado com nome de rua, nome do Instituto de Educação Juvenal Miller, na cidade de Rio Grande.
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