LUIZ

ACADÊMICOSQUADRO DE EMÉRITOS

Luiz Antônio de Assis Brasil

Nascido em Porto Alegre, em 1945, Luiz Antonio de Assis Brasil passa parte da infância em Estrela, com a família, que de lá retorna à capital em 1957. Cinco anos mais tarde começa a estudar violoncelo.

Em 1963, termina o Curso Clássico no colégio Anchieta, em Porto Alegre, dos padres jesuítas. Em 1964, ano do golpe militar, ocorre sua entrada no exército, para o serviço militar obrigatório. Um ano mais tarde Luiz Antonio ingressa no curso de Direito da PUCRS e também passa a fazer parte da OSPA (Orquestra Sinfônica de Porto Alegre) como violoncelista, lá permanecendo por 15 anos. Forma-se em Direito em 1970. Advoga por dois anos. Em 1975, ingressa como Professor na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, função na qual atua até hoje; no mesmo ano, inicia a colaborar na imprensa com artigos históricos e literários.

Em 1976, lança romance Um quarto de légua em quadro, que lhe dá o Prêmio Ilha de Laytano. No mesmo ano, inicia sua trajetória de administrador cultural, primeiramente na Prefeitura de Porto Alegre [Chefe da Secção de Atividades Artísticas] e depois no Estado do Rio Grande do Sul [Diretor do Instituto Estadual do Livro – 1983]. Em 1978, ocorre o lançamento de A prole do corvo. Em 1981, publica Bacia das almas. No ano seguinte, Manhã transfigurada. Em 1981, Luiz Antonio de Assis Brasil assume a direção do Centro Municipal de Cultura de Porto Alegre

No inverno 1984/1985, vai à Alemanha, como bolsista do Goethe-Institut [Rothenburg-ob-der-Tauber, na Francônia]. Em 1985, lança aquele que, segundo o autor, é seu livro com maior carga emocional, As virtudes da casa.

Em 1985, começa a ministrar a Oficina de Criação Literária do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, em atividade até hoje, e que recebeu o Prêmio Fato Literário, da RBS/Banrisul em 2005, ao completar 20 anos de atividades ininterruptas.

Em 1986, sai mais uma obra, O homem amoroso, uma novela com forte acento autobiográfico. Cães da província, em 1987, retoma o ciclo histórico, adotando Assis Brasil o dramaturgo José Joaquim de Campos Leão, o Qorpo-Santo, como personagem e evocando os tenebrosos crimes da Rua do Arvoredo. O romance dá o título de Doutor em Letras ao autor e faz jus ao Prêmio Literário Nacional, do Instituto Nacional do Livro.

Em 1988, Assis Brasil recebe da Câmara Municipal de Porto Alegre o Prêmio Érico Veríssimo pelo conjunto de sua obra. Videiras de cristal, que recria a saga dos Muckers, é lançado em 1990. Nova experiência é o romance em três volumes Um castelo no pampa, que se divide em Perversas famílias [1992 – ganhador do Prêmio Pégaso de Literatura, da Colômbia], Pedra da memória [1993] e Os senhores do século [1994]. Concerto campestre, Breviário das terras do Brasil e Anais da Província-boi saem em 1997, ano em que o romancista é eleito Patrono da 43ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Em 1998 é palestrante convidado na Brown University, em Providence, USA e em 2000 participa do programa Distinguished Brazilian Writer in Residence, na Berkeley University, Califórnia.

Em 2001, publica O pintor de retratos, que recebe o Prêmio Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional.

Em 2003, lança o livro A margem imóvel do rio, o qual é contemplado com três prêmios: Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira [o único romance dentre os três primeiros classificados], Prêmio Jabuti [finalista menção honrosa] e Prêmio Açorianos de Literatura.

Ainda em 2003, acontecem três publicações no Exterior: O pintor de retratos sai em Portugal pela Editora Ambar, do Porto; O homem amoroso é publicado pela Editora l´Harmattan, de Paris [l´Homme Amoureux], e na Espanha, pela Editora Akal, de Madrid, lança a tradução de Concerto campestre [Concierto Campestre]. Também em 2003, publica um livro de ensaios literários pela Editora Salamandra, de Lisboa: Escritos açorianos: tópicos acerca da narrativa açoriana pós-25 de abril. Em 2005, sai na França, pela editora Les temps des Cérises, o Breviário das terras do Brasil [Bréviaire des Terres du Brésil].

Em 2006, Assis Brasil participa, com conferências na Alemanha [Tübingen, Leipzig, Berlim] de programa oficial do Ministério da Cultura do Brasil.

Música perdida é lançado em 2006; essa obra, em 2007, vence a Copa de Literatura Brasileira e recebe indicação ao Jabuti. Em 2008, publica Ensaios íntimos e imperfeitos, uma coleção de pequenos textos de caráter poético e ensaístico.

Em 2010, segue com sua coluna quinzenal no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, e profere conferências nas Universidades de Paris-Sorbonne e na Universidade de Toronto.

No dia 3 de janeiro de 2011, Assis Brasil assumiu a Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) do Rio Grande do Sul, após ter sido convidado pelo governador Tarso Genro, permanecendo nesse cargo até 2014. 

Obras:

1976 - Um quarto de légua em quadro

1978 - A prole do corvo

1981 - Bacia das almas

1982 - Manhã Transfigurada

1985 - As virtudes da casa

1986 - O homem amoroso

1987 - Cães da província

1990 - Videiras de cristal

1992 - Perversas famílias

1993 - Pedra da memória

1994 - Os senhores do século

1997 - Concerto campestre

1997 - Anais da Província-Boi

1997 - Breviário das terras do Brasil

2001 - O pintor de retratos

2003 - A margem imóvel do rio

2006 - Música perdida

2008 - Ensaios íntimos e imperfeitos

2012 - Figura na Sombra

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Academia Rio-grandense de Letras

PATRONOS

CADEIRA 12

Francisco Lobo da Costa

Francisco Lobo da Costa nasceu em Pelotas, Rio Grande do Sul, em 18 de julho de 1853, sendo filho de Antônio Cardoso da Costa e Jacinta Júlia Lobo Rodrigues. Fez o curso de alfabetização na Biblioteca Pelotense. Foi, em Pelotas, auxiliar de escritório em 1867 e praticou telegrafia em 1870.

Destacou-se como redator de O Comércio em 1870 e fundador c diretor da revista Castália, no mesmo ano. Foi ainda redator do Eco do Sul, de 1872 a 1873, de O Investigador em 1873, do Jornal do Comércio de Pelotas em 1876, do 11 de junho, em...

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