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Academia corrige ano da nascimento de Alcides Maya

16 de outubro de 2024

O memorável escritor gabrielense Alcides Maya foi o primeiro gaúcho a ingressar na Academia Brasileira de Letras, o que enobrece a nossa histórica Atenas Rio-Grandense. Foi eleito em 6 de setembro de 1913, na sucessão de Aluísio Azevedo, tendo sido recebido por Rodrigo Otávio, em 21 de julho de 1914.

Ao pesquisar mais profundamente sobre a vida e a obra do consagrado escritor, para escrever um poema em sua memória, o qual receberia uma homenagem da Academia Rio-Grandense de Letras, com a recuperação de sua lápide no Cemitério da Santa Casa de Caridade de Porto Alegre – descobri um equívoco quanto ao ano de seu nascimento, nos registros da Academia Brasileira de Letras. Pior que, na Wikipédia e em alguns sites, há outros equívocos importantes, os quais estamos tratando de corrigir, a fim de que tudo o que se trate da vida e obra do consagrado filho de São Gabriel esteja o mais exato possível.

Em 1978, a sua cidade natal organizou uma série de homenagens pela passagem de seu centenário de nascimento. O reconhecido historiador da cidade, Osorio Santana Figueiredo, comunicou aos organizadores do evento sobre o equívoco, uma vez que ele  nascera em 1877, e não em 1878. Não desejou criar polêmica, o que poderia tirar o brilho do evento, sugerindo apenas que a data fosse corrigida nos próximos eventos. Dados corretos constam do livro Alcides Maya - O clássico dos pampas, 1987.

Quando dei-me conta das incorreções sobre datas, foi no livro de Osorio que busquei maiores dados e as exatidões com relação ao ano de nascimento de Alcides Maya.  Para sempre lembrar: o imortal da Academia Brasileira de Letras e da Academia Rio-Grandense de Letras nasceu gabrielense em 15 de outubro de 1877 e faleceu na então capital brasileira, Rio de Janeiro, em 2 de setembro de 1944.

O presidente da Academia Brasileira de Letras, Merval Pereira, em solenidade no Salão Nobre da entidade, recebeu a Certidão de Nascimento de Alcides Castilho Maya e ofício da Academia Rio-Grandense de Letras,  solicitando a correção da data de nascimento. 

Para o ato solene, viajaram para o Rio de Janeiro o presidente da Academia Rio-Grandense de Letras, Airton Ortiz, mais os vice-presidentes, Rossyr Berny e Ruben Daniel Castiglioni.

 

FOTO DA CERTIDÃO DE NASCIMENTO 

  Transcrição da Cópia autêntica - Livro n° 1 - Páginas 27 e 28 v.

"Nº 51 - Aos treze dias do mês de novembro de mil oitocentos e setenta e sete, neste Primeiro Distrito de Paz da Paróquia e Município de São Gabriel, Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, compareceu em o meu cartório Henrique Maya de Castilho, empregado público, casado nesta Paróquia com D. Carlinda Leal de Castilho, ambos de condição livre, naturais desta Província, residentes nesta cidade, e em presença das testemunhas abaixo nomeadas e assinadas, apresentou-se uma criança do sexo masculino e declarou: que no dia 15 de outubro do corrente ano, sua mulher deu a luz a criança apresentada, na sua residência, às sete horas da manhã, a qual é seu legítimo filho, e tem por avós paternos, Henrique Maya de Castilho, já falecido, e D. Ignacia Alves Maya, e maternos, Manoel Coelho Leal, e D. Fermina Alixandrina Leal. Do que para constar lavrei este termo, em que comigo assinam o declarante e as testemunhas, depois de lhes ser lido e achado conforme, Capitão José Fernandes Junior e Augusto Eugenio Wildt, residentes nesta cidade, o primeiro oficial reformado e o segundo empregado público. Eu, Marcellino Eduardo da Costa, escrivão que o escrevi."

ACADEMIA RIO-GRANDENSE DE LETRAS, TAMBÉM FUNDADORA DO FÓRUM BRASILEIRO DAS ACADEMIAS DE LETRAS

Na mesma cerimônia do dia 14 de outubro deste 2024, à tarde, aconteceu a posse dos componentes do Fórum Brasileiro das Academias Estaduais de Letras, entre estes o presidente da Academia Rio-Grandense de Letras,  Airton Ortiz.

Rossyr Berny - Mtb 4747
Vice-presidente da ARL

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Academia Rio-grandense de Letras

PATRONOS

CADEIRA 19

João Cezimbra Jacques

(por José Francelino de Araújo)

O pioneiro João Cezimbra Jacques teve sua vida assinalada por dois pontos fundamentais: o infortúnio e o pioneiris-mo. Seu pai, ainda moço, morreu na guerra do Paraguai, onde também servia João Cezimbra Jacques, com apenas 18 anos de idade, engajado no 2o Regimento da Cavalaria. Sua mãe, esposa e filhos faleceram jovens.

Nasceu na rua do Acampamento, em Santa Maria, no dia 13 de novembro de 1849 e morreu no Rio de Janeiro, aos 73 anos de idade. Seu pioneirismo se revela por inúmeras iniciativas: como escritor abordou assuntos até...

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