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O RS mais uma vez enfrenta a temporada das pesquisas em busca de um norte eleitoral – Raul Moreau

22 de fevereiro de 2015


Texto originalmente publicado no Portal Mix em outubro de 2014
 
A cada dois anos e a esta altura do calendário, o Brasil vive a recorrente temporada das pesquisas eleitorais, necessárias para abastecer discursos e programas partidários.
Assim escrevo porque assim é, muito embora a cada dia fique mais provado que a opinião do eleitor (habitante) deveria ser buscada de maneira permanente, o que, de imediato, eliminaria o "pré-conceito" de que as pesquisas servem para "balizar procedimentos nas eleições" nada mais.
A fase "pós-ditadura", no Brasil, serviu desde o início para que cada brasileiro pudesse valorizar como é bom ser "dono do seu nariz" e responsável por suas idas e vindas, garantidas pela Constituição.
Ora, ora, quem tem nariz gosta de cheirar o que anda à sua volta, especialmente onde se localiza tudo o que de bom possa ajudá-lo na procura de uma melhor qualidade de vida. Pronto, procurar é uma atividade que necessita ser objetiva e verdadeira. Nada melhor que uma Pesquisa para recomendar qual o melhor caminho para agradar quem vai exercer o direito do voto, não é mesmo?
Acostumadas a esse fascinante direito, as pesquisas bem formatadas entregam aos demandantes (candidatos à eleição) todos os ingredientes já descascados, lavados e aptos ao consumo.
Lidas por um médico, mostrariam como se poderia fazer uma saúde melhor; com elas em mãos, um economista ensinaria o caminho recomendável para multiplicar o dinheiro de seus clientes; e um administrador de empresas, se de um restaurante se tratar, saberá recomendar o melhor para os acepipes a serem servidos aos seus comensais.
As pesquisas eleitorais servem para que os políticos as leiam e tomem providências quanto às carências (necessidades) de municípios, estados ou países, utilizando seus melhores ouvidos (jeito de dizer) para devolver da melhor forma possível, às pesquisas, aquilo que elas possibilitariam: o Direito de exercer o que o voto autorizou.
Saiba você, leitor(a), que no mesmo papel, com as mesmas informações e com o idêntico desejo de fazer o melhor - com o qual as pesquisas são feitas - abastecem-se os políticos, em especial os administradores públicos, que são os Prefeitos, Governadores e Presidentes e também os Vereadores, Deputados e Senadores, autores das leis que regem o país.
A mesma pesquisa que foi orientada para mostrar os melhores argumentos na conquista do voto, ao ser determinada a faixa etária média dos desempregados regionais (informação que normalmente uma boa pesquisa fornece) ali está o caminho para chegar ao tipo de empresa e porte (micro, pequena, média ou grande) e até a sua viabilidade no município, se acaso ela ainda não existir ali.
Uma outra que aponte os percentuais de eleitores estreantes, pode definir iniciativas que sirvam para abrir novos caminhos a quem está na busca do 1º emprego, o que também serve para pautar a atenção dos disputantes ao voto.
O que não se encontra nas chamadas pesquisas políticas, é como se faz para criar uma CPI, qual o jeito mais indicado para aumentar o próprio salário, qual é a forma usada atualmente para praticar o nepotismo, o segredo de estar sempre presente nas viagens internacionais - com tudo pago - e, por fim, como utilizar verbas para hospedagem e alimentação quando o político tem residência a poucos quilômetros do local que está visitando.
Essas pesquisas políticas... quanto se pode aprender com elas, não é mesmo? 

Academia Rio-grandense de Letras

PATRONOS

CADEIRA 32

Pedro Velho

Pedro de Castro Velho nasceu em Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, em 29 de junho de 1879, sendo filho de Francisco Velho e Dulce de Castro Velho. Poeta boêmio nunca teve ocupação certa. Foi um dos mais populares da geração literária de seu tempo em Porto Alegre. Faleceu em Porto Alegre, capital gaúcha, no dia 06 de setembro de 1919.

Bibliografia: Ocasos, versos, Porto Alegre, Livraria Americana, 1906. 2a. Edição com acréscimos, póstuma, Porto Alegre, Globo, 1920. Inéditos e esparsos de Pedro Velho publicados por Walter Spalding...

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