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A ALMA DOS LIVROS

30 de outubro de 2023

A ALMA DOS LIVROS
(No dia do livro)       
                                                              Para Gilberto Schwartsmann
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Os livros antigos e raros procuram os recantos das velhas bibliotecas para poderem descansar em paz, ali vão morrer feito os elefantes.
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Os livros antigos acordam nos sebos pelos olhos da adolescente que os lê como se fosse pela primeira vez.
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Um livro antigo na prateleira semelha a uma árvore no outono com suas folhas vermelhas.
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Folheava um livro velho como se desfolhasse uma flor, ou debulhasse uma espiga de dourado milho.
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Um livro velho e raro se desfaz aos poucos como um tronco caído no meio da floresta.
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Uma biblioteca é uma incubadora de incunábulos.
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Todos os livros raros são órfãos de velhos monges que os copiaram em mosteiro hoje em ruínas.
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Nas mãos de um jovem o vetusto livro respira novamente.
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Nas mãos de um velho o livro antigo se entrega confiado como a um irmão.
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Ao soprar a poeira de um livro não esqueças de insuflar nele a tua alma.
                                                                                                                                            José Eduardo Degrazia

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Academia Rio-grandense de Letras

PATRONOS

CADEIRA 14

Fontoura Xavier

Antônio da Fontoura Xavier nasceu em Cachoeira do Sul, interior do estado do Rio Grande do Sul, em 07 de julho de 1856 filho de Gaspar Xavier da Silva e Clarinda Amália da Fontoura Xavier. Estudou Humanidades no Rio de Janeiro de 1870 a 1873. Iniciou em 1874, no Rio de Janeiro, o curso de Engenharia, mas acabou não o concluindo. Em São Paulo, formou-se bacharel em Direito.

Jornalista desde a mocidade, fundou em 1876 A Gazetinha. Foi redator da Gazeta de Notícias, no Rio de Janeiro, e em 1884 de A Federação. Ingressou na carreira consular em 1885, servindo...

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