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MANIFESTO DAS ENTIDADES DO ECOSSISTEMA DO LIVRO

20 de janeiro de 2023

A Academia Rio-Grandense de Letras, mais antiga instituição cultural do Estado, fundada em 1901, une-se às demais entidades gaúchas representativas do segmento do livro para repudiar os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro e reafirmar sua luta histórica em defesa do livro, da leitura e da Democracia. Assim, coassinamos o documento abaixo:

MANIFESTO DAS ENTIDADES DO ECOSSISTEMA DO LIVRO - RS
EM FAVOR DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Diante dos graves acontecimentos perpetrados em Brasília, com o objetivo de depor um governo constitucionalmente eleito, as entidades do setor do livro do Rio Grande do Sul se manifestam repudiando veementemente tais atos, que afrontam os ideais de Democracia consagrados na Constituição Cidadã de 1988.

A barbárie deste domingo infame, com a nítida intenção de romper com a ordem democrática, deve ser execrada. A incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional não se confunde com liberdade de expressão e de manifestação. Em verdade afronta estes estatutos. São crimes previstos e tipificados no código penal.

O germe deste trágico episódio está presente na sociedade brasileira desde há muito, e vem sendo cevado ao longo do tempo com método, estratégia de desinformação e o uso de tecnologias informacionais que nos levam a um paradoxo: na era do conhecimento, o alvorecer do obscurantismo.

Um país sem literatura é um país medíocre.” – Nélida Piñon

Portanto, assim como devemos combater o autoritarismo com mais Democracia, devemos combater o obscurantismo com Livros. Livros à mancheia, no sentido simbólico, pois estamos falando aqui de livros e leitura e escritores e editoras e bibliotecas e bibliotecários e recursos para enfrentarmos esta guerra crucial contra a ignorância e o totalitarismo. Devemos combater com mais Livros, Cultura, Educação, Ciência.

Reafirmando o Estado Democrático de Direito como conquista civilizatória inquestionável das sociedades contemporâneas, as entidades e coletivos do ecossistema do livro RS vêm expressar em alto e bom som o seu compromisso inalienável com os ideais republicanos e de Democracia constantes na Carta Magna Brasileira.

Subscrevem

AGES - Associação Gaúcha de Escritores
ARB - Associação Rio-Grandense de Bibliotecários
ARL - Academia Rio-Grandense de Letras
Câmara Rio-Grandense do Livro
Colegiado Setorial do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca
Conselho Municipal do Livro e Leitura de Porto Alegre
CRB-10 - Conselho Regional de Biblioteconomia
Frente Parlamentar Mista do Livro, Leitura e Escrita - Senado/Câmara
Frente Parlamentar do Livro e Leitura da Alergs
Frente Parlamentar do Livro, Leitura e Escrita da Câmara de Vereadores de Porto Alegre
Clube dos Editores RS
Mulherio das Letras RS
Ong Cirandar
Rede de Bibliotecas Comunitárias Beabah!
Reinações: Confraria da Leitura de LIJ.
Coletivo Seis+1

Academia Rio-grandense de Letras

PATRONOS

CADEIRA 3

Felix da Cunha

Félix Xavier da Cunha nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 16 de setembro de 1833, filho de Francisco Xavier da Cunha e Maria Quitéria de Castro e Cunha. Era irmão de Francisco Xavier da Cunha. Cursou humanidades no Colégio Dom Pedro II no Rio de Janeiro de 1843 a 1848. Formou-se bacharel em Direito em São Paulo no ano de 1854. Após a formatura, mudou-se para Porto Alegre, exercendo a advocacia a partir de 1955.

Como jornalista, dirigiu em Porto Alegre O Propagandista e O Mercantil. Em 1861 fundou O Guaíba. Além das atividades ligadas à advocacia...

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