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Discurso de Posse na Cadeira 23 - Zélia Dendena A. Sampaio (04/10/2007)

04 de outubro de 2007

Excelentíssimo Dr. FRANCISCO PEREIRA RODRIGUES
Digníssimo Presidente da ACADEMIA RIO-GRANDENSE DE LETRAS;
Senhoras e Senhores ACADÊMICOS;
Familiares e Amigos;
Colegas da Área Educacional pela docência
exercida, nos três Graus de Ensino,
ao longo de cinco Décadas;
Pessoas Jovens, Adultas e Auridadinas
com as quais o “destino” nos reservou
interações holopensênicas saudáveis;
Senhoras e Senhores aqui presentes.
 
     No átrio deste templo, sacrário das Belas Letras do Rio Grande do Sul, SENHOR PRESIDENTE, NOBRES ACADÊMICOS  e  SELETO AUDITÓRIO, estou me sentindo como uma criança, estupefata perante a luminosidade desta secular instituição e, ao mesmo tempo,extasiada com a oportunidade de adentrar ao convívio dos Acadêmicos, que honram os mais nobres princípios da Academia Rio-Grandense de Letras, sob o lema “VITAM IMPENDERE VERO”, traduzido pelo imperativo de  “CONSAGRAR SUA VIDA À VERDADE”.
    Preliminarmente, desejaria que minhas palavras representassem um ato de Ação de Graças ao CRIADOR pela dádiva de ter-me propiciado este instante de divino e inexcedível enlevo.
     Em uma situação como esta, minha alma parece sair do corpo e flutuar pelos flancos de todos os horizontes do cosmo infinito, em busca do mundo da luz e da paz. Nele eu pretenderia intimar a Deusa da Gratidão para que me ajudasse neste instante difícil.
Confesso que, não tenho condições de proclamar, em alto e bom som um agradecimento compatível ao nível das dádivas que o Pai disponibilizou a meu favor. Todas superiores ao meu ínfimo mérito pessoal e cultural. Nesse aconchego, contrita e genuflexiada, eu, provavelmente, poderia agradecer, do mais profundo da minha alma:
     ____A seiva milagrosa da vida que me acompanha até os dias de hoje.
     ____O providencial País que acolheu meus ascendentes, abençoando-os com a bravura do trabalho e da dignidade.
     ____Ao esposo inesquecível com o qual compartilhei empreendimentos de ideal humano-cristão.
     ____Às energias vitais que me permitiram lutar, lutar e paulatinamente vencer.      
     ____Aos amigos e parceiros de jornada que propiciaram o meu aperfeiçoamento e traçaram a destinação dos meus rumos.
     ____Aos ilustres membros da Academia Rio-Grandense de Letras que tiveram a complacência de incluir minha pessoa no rol destes idealistas que preservam as tradições da literatura sul-brasileira.
     Encontro-me aqui mercê ao estímulo, entre outros, de dois membros desta colenda Instituição: o Dr. JOSÉ FRANCELINO DE ARAÚJO, ilustre jurista, poeta e literato, que o Rio Grande do Sul recebeu do Nordeste, para ilustrar e dignificar a nossa terra, dedicando-se ao magistério superior, por 22 anos na PUCRS, na ULBRA e na Ritter dos Reis, além de produzir vários livros de direito e literatura. Também, pela condescendente avaliação do Coronel ALTINO BERTHIER BRASIL. Um homem que dedicou sua vida aos estudos da Amazônia, e que, depois de desvendar seus colossais segredos, publicou extensa obra sobre a região, ficando conhecido como o paladino da causa ambiental e humana daquela imensidão equatorial.
     Em decorrência destas premissas, é que, no preciso dia 23 de abril deste ano, me rendi, à solicitação formal de me candidatar à admissão nesta Centenária ACADEMIA RIO-GRANDENSE DE LETRAS. Instituída que foi ao estilo das Academias de Letras concebidas no tempo do filósofo Platão (428-348 a.C), cujo escopo era o de promover palestras e discussões literárias, então iniciadas nos jardins do “lendário herói ateniense” ACADEMUS. Costume do qual derivou a consagração do termo “Academia” para designar instituições regidas por propósitos semelhantes, estruturadas no modelo da Academia Francesa de Letras, que definiu o número máximo de 40 membros.
     Aqui no Brasil (por iniciativa de Lúcio de Mendonça), orgulha-nos desde 1896-7 a ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. E, a partir de 1901, no Rio Grande do Sul, com algumas reestruturações, em 1944 e 1962, a ACADEMIA RIO-GRANDENSE DE LETRAS empolga-nos, graças aos incontestáveis méritos dos Acadêmicos que honraram o compromisso de divulgar a notabilidade dos Antecessores, que a alicerçaram e a mantiveram, levando adiante a chama dos princípios originários.
     No atendimento à norma protocolar, uma vez guindada à ocupação da CADEIRA Nº 23, sinto-me deveras feliz em poder mencionar os precursores que a dignificaram. Primeiramente o seu PATRONO – o inexcedível e inolvidável CALDAS JÚNIOR, seguindo-se o subseqüente eleito, EDGAR LUIZ SCHNEIDER, infelizmente falecido antes da posse, aos 05 de abril de 1963, para me referir ao mais recente ocupante legal da Cadeira – COELHO DE SOUZA.
 
C A L D A S    J Ú N I O R
     Sobre o Patrono CALDAS JÚNIOR, denominação abreviada do incomparável baluarte da comunicação – FRANCISCO ANTÔNIO VIEIRA CALDAS JÚNIOR (1868-1913). Quem de Porto Alegre, ou em trânsito pela Capital do Estado não foi atingido com a sonoridade designativa da Rua “Caldas Júnior”, uma das ruas mais importantes no centro da Capital, com início na Avenida Mauá e término na Rua Riachuelo? Pseudônimo por ele mesmo adotado desde as suas primeiras produções poéticas, endereçadas ao jornal CORREIO DO POVO, igualmente fundado sob a égide designativa de Companhia Jornalística CALDAS JÚNIOR, em 1º de outubro de 1895.
     Nosso homenageado CALDAS JÚNIOR, filho do Dr. Francisco Antonio Caldas, diplomado em Direito, por Recife, em 1870, e da poetisa Maria Emília Wanderlei Caldas, nasceu aos 13 de dezembro de 1868, no Sítio de Porteiras Município de Vila Nova, no Estado de Sergipe. Criança ainda, em 1872, veio com a família transferida para Santo Antônio da Patrulha, no RS. E, em 1880, novamente transferida para Porto Alegre, onde aos 11 anos, Francisco Vieira Caldas Júnior, continuou seus estudos. Primeiro, no Colégio São Pedro, depois no Instituto Brasileiro de Ensino, dirigido por Apolinário Porto Alegre, que previu no inteligente CALDAS JÚNIOR, a possibilidade de vir a ser o revisor e noticiarista do jornal “A Reforma”, como de fato ocorreu de 1885 a 1888. Apolinário Porto Alegre, por sinal também um dos Patronos desta Academia, Cadeira nº 06 recentemente ocupada pelo memorável Presidente, o culto Ir. ELVO CLEMENTE, que o destino nô-lo arrebatou no dia 19 de setembro próximo passado.
     Na capital Rio-Grandense, em julho de 1893, aos 25 anos,  CALDAS JÚNIOR casou-se com D. Arminda Guerreiro Porto Alegre, nascida a 23 de outubro de 1876 e falecida a 21 de setembro de 1905, com 29 anos. Desse consórcio tiveram os filhos – DEJANIRA CALDAS CORTESE (1895), FERNANDO CALDAS (1899), jornalista e MARINA CALDAS KRUEL (1903-1952). Em 1908, CALDAS JÚNIOR, viúvo de D. Arminda Porto Alegre Caldas, contraiu matrimônio com a prendada Dolores Alcaraz (1879-1957), natural da Espanha, Barcelona, com quem teve os outros três filhos: Ruth Alcaraz Caldas (1909), Breno Alcaraz Caldas (1910)  e Lúcia Caldas Milano (1913), deixando-nos uma descendência que prima pela continuidade dos ideais familiares herdados.
     Por ocasião do centenário de nascimento de CALDAS JÚNIOR, o  CORREIO DO POVO, no Caderno de Sábado, de 14 de dezembro de 1968 publicou, com toda a importância merecida, alguns traços  biográficos do eminente – CALDAS JÚNIOR. De seus atributos faz referência ao convite recebido pelo jovem CALDAS do gerente de “A REFORMA”, órgão do Partido de Gaspar da Silveira Martins, para o cargo de revisor e noticiarista do jornal, lado a lado de nomes ilustres do jornalismo gaúcho, dentre o quais: o Conselheiro Antônio Eleutério de Camargo, Carlos von Koseritz, Drs. Antônio Lara da Fontoura Palmeiro, Carlos de Campos Cartier, Severino Prestes, Paulino de Azurenha, o professor Mário Totta, e dos colaboradores, Dr. Sebastião Leão, José Pinto da Fonseca Guimarães e Júlio Horácio da Silva Paranhos.
     Zeferino Brasil (1870-1942), Patrono da Cadeira nº 24 deste Sodalício, considerado o príncipe dos poetas rio-grandenses, referiu-se a CALDAS JÚNIOR como “um poeta de raça por herança da mãe Dª. Maria Emilia. E que, na prosa, entre os de sua geração brilhou sobremaneira nas letras rio-grandenses”.
     Alcides Gonzaga, também em 1968, referindo-se ao Centenário de CALDAS JÚNIOR, destaca aspectos de “sua personalidade”, nestes termos: ...“indubitavelmente guiado por boa estrela. Dotado de uma invulgar energia para o trabalho a que se dedicava e haveriam de vencer, assim, todos os que como ele trabalhassem. Era, igualmente, prendado de uma infatigabilidade inexcedível. Multiplicava-se em repórter sagaz, redator, cronista, editorialista e sincero, que o sagraram o mais completo profissional do seu tempo. Desde o início da sua militância pela imprensa já citada, demonstrava excelente memória e ouvido agudíssimo na poesia e na prosa. De sua produção, emergiram versos românticos, humorísticos e satíricos que conquistavam os leitores. Chamava a atenção para os tristes quadros da miséria humana. Como poeta, compunha um misto singular de alegria intensa com o de profunda melancolia. Também derivou por composições bucólicas pela assimilação da  linguagem do homem do campo”.
 
SENHOR PRESIDENTE.
SENHORAS e SENHORES.
     Esta é a resumida mostra dos inexcedíveis feitos do nosso imortal CALDAS JÚNIOR (1868-1913), Patrono da Cadeira nº 23, na corrente histórica da vigente ACADEMIA RIO-GRANDENSE DE LETRAS.
 
C O E L H O   D E   S O U Z A
     Em meados de 1968 a Academia Rio-Grandense de Letras oportunizou o preenchimento da Cadeira nº 23 pela publicação de concurso à vaga. No que resultou eleito  J.  P. COELHO DE SOUZA – JOSÉ CONCEIÇÃO PEREIRA COELHO DE SOUZA, o merecedor e reconhecidamente consagrado por  COELHO DE SOUZA.
     Filho de Paulino Coelho de Souza e Eulália Barreto Pereira Coelho de Souza, nasceu aos 27 de outubro de 1898, vindo a falecer em 1982. Eventualidade esta na qual ficaram evidenciados os atributos inerentes à vida e obra do ilustre pranteado.
     Raul Cauduro, no elogio fúnebre cita-o como “homem de raras virtudes, líder nato, hábil de imprensa, um apaixonado pela genialidade de Eça de Queiroz”. Excelente escritor, na performance de sua conduta marcadamente incontestável no Estado e País do seu tempo.
     De sua luminosa itinerância consta que, aos 26 anos, bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Porto Alegre, notabilizando-se como:Advogado; Consultor Jurídico da Secretaria do Instituto do RS; Deputado à Assembléia Legislativa do RS, de 1935 a 1937; Secretário de Educação e Cultura do RS, de 1937 a 1945.  Professor de História e Filosofia da Educação da Faculdade de Filosofia da UFRGS de 1943 a 1958; Deputado Federal por duas legislaturas pelo RS, de 1951 a 1962; e Embaixador Extraordinário, de 1948 a 1961.
     Pertenceu à Fundação Eduardo Guimarães, bem como associado do IHGRS – Instituto Histórico Geográfico do RS. Eleito para a Cadeira nº 23 da Academia Rio-Grandense de Letras, com solenidade de posse realizada no dia 20 de junho de 1968. Cerimônia em que proferiu magistrais elogios aos seus antecessores – CALDAS JÚNIOR e EDGAR SCHNEIDER.
     Na Enciclopédia Larousse Cultural, 1999, vol. 22, p. 5470, encontra-se o seguinte registro: SOUZA. José Pereira Coelho de. (Porto Alegre-RS), político brasileiro, jornalista profissional, em vários jornais gaúchos, ocupando o cargo de Secretário de Educação do RS de 1937 a 1945, distiguindo-se na Câmara, como um dos defensores do sistema parlamentarista de governo.
     A Revista da Academia Rio-Grandenense de Letras, nº 04, 1985, publica a referência bibliográfica dos principais pronunciamentos de sua autoria, a contar de 1941 até 1970; todos eles de relevante impacto social.
     Do vasto elenco de importantes pronunciamentos, atribuídos ao eminente antecessor, neste momento, cito os que, direta ou indiretamente, atingiram na contemporaneidade, também pessoas da minha família – (papai, mamãe e a mim mesma) – no alicerçamento dos conceitos basilares para minha própria concepção de ser e conviver, como cidadã e professora, ao longo de cinco décadas. De suas manifestações serviram-me sobremaneira o conteúdo dos seguintes tratados:
     -  O discurso proferido em 1945, na Assembléia Legislativa sobre “O  Espírito e o   Sentido da Revolução Farroupilha”.
     -  O Pensamento Político de Assis Brasil publicado em 1949 e 1959.
     -  A Educação na Região Colonial Italiana. In: Álbum Comemorativo do 75º Septuagésimo Aniversário da Colonização Italiana no RS, em 1950.
     -  Defesa do Regime Parlamentar e Realidade Nacional, Rio de Janeiro, em1955.
     -  Artigos sobre Júlio de Castilhos e sua Época, 1968.
 
SENHORAS e SENHORES,
     Permito-me declarar que, no dia 28/11/1968, investida de procuração pela Sociedade Educadora e Beneficente do Sul (das Irmãs Missionárias de São Carlos – Scalabrianas),  tive a feliz oportunidade de estar presente na Conferência proferida por COELHO DE SOUZA, no Colégio Rosário, em Porto Alegre, focalizando aspectos da “Declaração Universal dos Direitos do Homem”, promulgada pela ONU em 1948.
     Falar do Acadêmico COELHO DE SOUZA é relembrar a história recente do nosso Estado e País, da qual também fomos, de certo modo, culturalmente atingidos
     Sou filha da segunda geração de descendentes italianos imigrados, em 1875, para a região serrana, então subdividida pelas colônias chamadas de Conde D’eu e Dona Isabel, até o ano de 1884, quando foram liberadas do Regime Colonial, passando à atual designação de – Garibaldi e Bento Gonçalves, respectivamente.
     Meu pai, Serafino Dendena (1898-1948), um dos oito filhos do casal Michele Dendena/Dosolina Vicari, brasileiro, agricultor, instrução primária, depois do serviço militar obrigatório, revelou propensão “Assisista e Maragata”, (federalista) em oposição aos Chimangos no continuísmo do então Presidente do Estado – Antônio Augusto Borges de Medeiros.
     Minha mãe, Elvira Romagna Dendena (1898-1980), tambémfilha dos imigrantes Mathio Romagna e Malgherita Capelli, desde cedo, além da freqüência à Escola Elementar da época, cabia-lhe cuidar dos irmãos menores enquanto os pais operavam a moenda de milho e trigo para obter a farinha da alimentação básica (pão-e-polenta) dos aglomerados familiares do 1º distrito de Bento Gonçalves.
     Do lado materno, uma tia de Elvira, Dª Tereza Capelli, era casada com o Professor Estadual Felix Faccenda (1877-1935) que, por concurso, foi lotado no Instituto de Educação, em Porto Alegre.  Em 1905, ainda na vigência do Presidente Borges de Medeiros, foi transferido para a 8ª Escola do sexo masculino de Bento Gonçalves. Em 1910, o Professor Faccenda resolveu abrir a Escola Prática Superior do Comércio, no preparo do então sedizente “perito contador”. Ano em que, a esposa faleceu, deixando cinco filhos pequenos para cuidar. Foi então que a adolescente e sobrinha ELVIRA passou a morar com o Tio-Professor, na sede do município. Ela soube aproveitar a oportunidade dos cursos por ele ministrados. Tanto que, em 1915 foi considerada apta para a docência do ensino municipal, começando por Garibaldi e depois no interior de Bento Gonçalves – distritos de Santa Tereza e Monte Belo, atualmente municípios – Monte Belo do Sul.
     Sobre as adversidades reinantes entre Federalistas e Republicanos no início do Século XX, só se harmonizaram com o acordo montado entre as lideranças das facções para garantir o que de fato se deu com a vitória da Revolução de 1930 e o conseqüente surgimento da Era Vargas. 
     O esclarecimento dos altos e baixos daquele momento histórico, confesso que devo aos pronunciamentos do inconteste e iluminado COELHO DE SOUZA, antes referidos, bem como, aos depoimentos do meu falecido esposo, MÁRIO ARNAUD SAMPAIO, integrante do Exército até a Revolução de Trinta e a posterior de Trinta e Dois. Relatos subliminarmente embutidos no ensaio, de 1957, ainda inédito intitulado por “Sertanejos/Casos do Interior Brasileiro”.
     Por ocasião da aposentadoria da Professora Elvira Dendena, em 1952, foi-lhe atribuída a contabilização de efetivo exercício compreendido de 1930 a 1935, por “comprovado exercício de fato”, averbado no Processo nº 749, com a observação de “Reconhecimento embora tardio”, aos 24 de junho de 1952. Assinado pelo Prefeito Municipal ARTHUR ZIEGLER.
     Em 1º outubro de 2000, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, pela Lei nº 8.628, denominou Rua Elvira Dendena, no logradouro localizado no Loteamento Moradas da Hípica, contendo na placa os dizeres“Grande Defensora do Ensino Rural”, com a seguinte Exposição de Motivos: ...“Prestar homenagem a uma mulher de origem italiana, que teve a coragem de assumir a liderança, na área educacional, desde a sua juventude e, em tempos de extremas dificuldades, no interior do município de Bento Gonçalves. Por meio do nome dessa mulher, queremos homenagear todas as mulheres que, desde os primórdios da colonização no nosso Estado, lutaram com e contra todas as dificuldades para desenvolverem sócio-culturalmente seus familiares e os filhos dos demais imigrantes, resultando nessa pujante comunidade de descendência italiana no Rio Grande do Sul”.
 
Digníssimo Senhor Presidente Dr. FRANCISCO PEREIRA RODRIGUES
SENHORAS E SENHORES ACADÊMICOS
SELETO AUDITÓRIO
     Ao concluir minha fala, afirmo sentir-me sumamente honrada em ocupar a CADEIRA, energizada pelos imortais que me antecederam – o Patrono CALDAS JÚNIOR e o último ocupante COELHO DE SOUZA, a quem, nesta Cerimônia Pública, me cumpre merecidamente enaltecer, no compromisso de fidelidade aos ditames desta egrégia ACADEMIA, predispondo-me à ordenação do lema: VITAM IMPENDERE VERO; pela “Consagração da minha Vida à Verdade”.
 

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Academia Rio-grandense de Letras

PATRONOS

CADEIRA 15

Múcio Scevola Lopes Teixeira

(por Anselmo F. Amaral)

A literatura sul-rio-grandense tomou forma própria, com conteúdo regionalista, e expandiu-se a partir da fundação da Sociedade Partenon Literário, em 1868. Iniciativa de um grupo de jovens liderados por Apolinário Porto Alegre. Ali figuraram nomes como: Júlio de Castilhos, Assis Brasil, Fernando Osório (pai), Homero Batista, Lobo da Costa, Revocata dos Passos Ligueroa de Melo e o próprio Caldre e Fião.

Em meio àquela plêiade de escritores, artistas e homens de ciência apareceu um jovem poeta com, apenas, treze anos...

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