NOTÍCIAS

Cerimônia de posse de Patrícia Langlois na Academia Rio-Grandense de Letras

19 de dezembro de 2023

        Na manhã deste sábado, 16 de dezembro de 2023, a escritora, professora e artista plástica porto-alegrense Patrícia Langlois tomou posse na cadeira número 4 na Academia Rio-Grandense de Letras, cujo patrono é Gaspar Silveira Martins. O evento aconteceu no Auditório da Livraria Cultura, do Shopping Bourbon Country de Porto Alegre, em parceria com o Grupo Zaffari, que cedeu o belo auditório para a cerimônia de posse.

        No ato solene os pais da nova acadêmica entregaram o diploma que a torna nova integrante do sodalício. Igualmente seu esposo ofereceu-lhe a insígnia da entidade.

        O paraninfo Rubem Daniel Castiglioni destaca que Patrícia Langlois, enquanto diretora do IEL, “conseguiu que a entidade fosse realmente um espaço aberto aos escritores; deu dinamismo ao projeto Autor Presente; criou o Prêmio Minuano de Literatura, em parceria com a UFRGS, com um tipo de júri inovador e valorizando todas as categorias, entre elas, ilustração, tradução e texto dramático.”

        Acrescentou ainda que “mais recentemente, em 2022, concebeu a coleção Literatura negra, publicando sete autores e distribuindo gratuitamente exemplares da obra do memorável poeta Oliveira Silveira, tudo em parceria com o Ministério Público; e ainda criou a coleção com autores LGBTQIA+, denominada Diverse – entre muitas iniciativas louváveis, as quais trarão benefícios permanentes ao IEL”.

        Usaram da palavra para homenagear a nova acadêmica, a ilustre escritora Marô Barbieri, o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro Maximiliano Ledur, e o professor Tadeu Rossato Bisognin. Todos igualmente destacaram as mais variadas e importantes atividades culturais de Patrícia Langlois em nosso Estado.

        Em seu discurso de posse, a nova acadêmica – que recentemente deixou a direção do Instituto Estadual do Livro –, como gestora cultural, tem se redirecionado para novos e amplos caminhos. Ela confessa: “Há vida depois do IEL!” e acrescenta em sua fala de posse: “Agora estou dando aulas de arte para o ensino fundamental e ensino médio. No primeiro dia de aula, após apresentar-me aos alunos, um deles me questionou ‘Por que quis uma escola?’ – Minha resposta foi simples. Eu quero fazer a diferença na vida dos alunos e espero que eles façam na minha.”

        Enfim, a eleição e posse na entidade cultural mais antiga do estado gaúcho motiva Patrícia Langlois a confessar que está pronta a arregaçar as mangas e trabalhar intensamente, como sempre realizou em suas atividades até hoje. É esta energia e sabedoria que vem entregar ao nosso sodalício: “Estou aproveitando as diversas oportunidades que a vida oferece e neste novo capítulo de minha jornada literária comprometo-me a contribuir para os nobres propósito da Academia Rio-Grandense de Letras. Juntos, continuaremos a escrever a história rica e diversificada de nossa cultura, inspirando as futuras gerações a descobrir o poder transformador das palavras.”

        No encerramento da solenidade, a acadêmica solicitou que o Hino Rio-Grandense, composição com música do maestro Joaquim José Mendanha, fosse apresentado apenas na forma orquestrada, a fim de que não fosse verbalizada a frase racista de que "povo que não tem virtudes acaba por ser escravo.” Uma maneira de protestar contra esta injúria racial.

        E assim aconteceu. Ninguém cantou o hino. Todos ouviram em silêncio. Uma forma inédita e sábia de combate ao racismo.

        Encerrando a cerimônia, o presidente Airton Ortiz destacou em rápidas palavras os 122 anos de fundação da entidade literária e os importantes projetos da mesma, dando ênfase para a valorização do livro e da leitura, em parceria com o Grupo Zaffari, com o propósito de publicar centenas de títulos ao longo de dez anos.

        De outra parte, ele destacou que Patrícia, por décadas, vem dedicando sua vida a escrever, ensinar e lidar com as artes em geral, por isso, és muito bem-vinda a esta Academia.

        Prestigiaram o evento de posse os nobres acadêmicos: Airton Ortiz (presidente), Antônio Carlos Côrtes, Élvio Vargas, José Eduardo Degrazia, Luiz Coronel, Marô Barbieri, Pio Furtado, Rafael Bán Jacobsen, Roberto Schmitt-Prym (secretário e apresentador do cerimonial), Rossyr Berny e Ruben Daniel Castiglioni. Os demais acadêmicos lamentaram a impossibilidade do comparecimento.

                        (Rossyr Berny, Mtb 4747)

arlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarlarl

Academia Rio-grandense de Letras

PATRONOS

CADEIRA 30

Gregório da Fonseca

Gregório Porto da Fonseca nasceu em Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, em 17 de dezembro de 1875, filho de Marcos Gonçalves da Fonseca Ruivo e Luiza Mariana Porto da Fonseca. Estudou na Escola de Guerra de Porto Alegre. Oficial do exército, Gregório da Fonseca foi reformado como tenente-coronel.

De 1930 a 1934 foi Secretário da Presidência da República. Apesar de ser nomeado Embaixador do Brasil junto à Santa Sé, não chegou a assumir o posto. Poeta, conferencista e crítico, Gregório da Fonseca foi membro do Clube Literário...

continue lendoCONTINUE LENDOcontinue lendo